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Mudanças flexíveis à vista

Mesmo em meio a uma pandemia global e grandes problemas econômicos, as organizações estão apresentando mudanças consideráveis em relação a entrega de projetos. De acordo com o relatório anual do PMI (Project Management Institute), o Pulse of the Profession®, elas encontraram novas maneiras de trabalhar e melhorar o desempenho das suas performances. Embora diversos projetos tenham sidos colocados em stand by, muitos que foram postos em prática atingiram suas metas originais em relação a prazos e orçamentos, em comparação com o Pulse of the Profession® do ano passado.

Mas antes de adentramos esse assunto, é importante explicar o que é o PMI para quem não está familiarizado. Project Management Institute, ou Instituto de Gerenciamento de Projetos, é uma grande associação global sem fins lucrativos voltada para profissionais do ramo de gerenciamento de projetos. Por meio de publicações, eventos e reuniões, essa organização tem por objetivo fomentar o debate sobre o tema de gestão de projetos.

Segundo o relatório apresentado, dos projetos que seguiram adiante, 73% cumpriram as metas originais e a intenção do negócio, em comparação com 69% no ano passado. No relatório do ano anterior, por exemplo, 62% dos projetos foram concluídos dentro do orçamento e 55% dentro do prazo, em comparação com 59% e 53%, respectivamente. Do mesmo modo, o investimento desperdiçado devido ao fraco desempenho do projeto – prazos perdidos, orçamentos ultrapassados e aumento do escopo, por exemplo – caiu para 9,4% de 11,4% no Pulse do ano passado. E 61% dos entrevistados relataram que sua organização observou ganhos de produtividade nos últimos 12 meses em comparação com os 12 meses anteriores.

Ainda de acordo com a pesquisa, os participantes foram convidados a caracterizar a abordagem de suas empresas em relação as formas de trabalho. 32% dos entrevistados disseram que todo e qualquer método usado foi feito de forma principal e exclusiva para a resolução de problemas. Essas organizações, de acordo com o PMI, são chamadas de empresa flexível (gymnastic enterprise). Empresas flexíveis são organizações líderes que visam resultados ao invés de processos. Elas também têm como característica a capacidade de prosperar e possuem uma noção nítida de como balancear as estruturas e a governança da empresa, sem abrir mão das mudanças. Uma outra grande fórmula dessas empresas é que elas capacitam os colaboradores para que abracem e façam a mudança acontecer, permitindo que dominem várias frentes de trabalho, e se tornem profissionais completos com habilidades multi skill.

De um outro lado, tivemos 30% dos entrevistados dizendo que suas empresas consideram quase que de forma única o uso de métodos que já funcionaram no passado. O PMI classifica essas como empresas tradicionais. No entanto, o problema dessas companhias que prezam pelo tradicional é que elas são rígidas e enfrentam dificuldades em meio às mudanças constantes.

“Nossa pesquisa Pulse of the Profession de 2021 mostra como as empresas flexíveis prosperam em The Project Economy ao adaptar as formas de trabalho e capacitar seus profissionais para que liderem como agentes de mudança”, disse Mike DePrisco, diretor de operações do PMI. “Ao capacitar os funcionários para que trabalhem de maneira mais inteligente, aprimorem suas habilidades e construam uma visão de negócios, as empresas flexíveis proporcionam valor financeiro e social, independentemente dos desafios apresentados.”

Em comparação com empresas tradicionais, o relatório demonstra como as empresas flexíveis foram capazes de colher os frutos de seu sucesso e mudar de maneira rápida em meio a pandemia. Essas companhias eram mais propensas a ter altos níveis de agilidade organizacional, combinados com o uso frequente de práticas padronizadas de gerenciamento de risco. Sobretudo, tiveram maior probabilidade de ver um aumento na produtividade.

A tecnologia também faz parte do modus operandi de uma empresa flexível, pois elas a utilizam para aumentar as habilidades humanas e ajudar seus colaboradores a melhorar de forma contínua seus resultados. Ferramentas com base em IA, aplicativos de microaprendizado sob demanda e ferramentas de avaliação de carreira, por exemplo, são base e reforçam a prioridade nas habilidades comportamentais e competências interpessoais.

Essa é uma visão clara de que quando se possibilita aos funcionários a chance de se tornarem agentes da mudança, as empresas flexíveis ganham ferramentas necessárias para enfrentar os desafios que estão por vir.

Foram entrevistados para esse relatório um total de 3.950 profissionais de projetos representando várias indústrias e regiões do mundo.

Fonte: pmi.org

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