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O diferencial de uma liderança empática na motivação de colaboradores

Homem exercendo a liderança empática apresentando projeto ao time

Os principais tipos de líderes e a importância da empatia no ambiente de trabalho

Todos os tipos de grupos sociais, incluindo as equipes de trabalho, possuem uma figura equivalente a um líder. Em alguns deles, é possível ver traços fortes de liderança e identificá-los mais facilmente, já em outros, a voz daqueles que conduzem um grupo social são mais sutis.

Seja em nossas famílias, nos trabalhos acadêmicos que conduzimos na universidade ou mesmo em nossos grupos de amigos, há sempre uma ou mais figuras que se destacam e acabam exercendo, direta ou indiretamente, um papel de liderança. Naturalmente, no ambiente corporativo, os líderes exercem papel fundamental na condução dos objetivos de um negócio. É ele quem, geralmente, delega as principais funções de seus liderados e organiza este grupo social.

Mas, como você deve supor, não existe apenas um único modelo de liderança. Neste artigo, abordo alguns destes perfis, destacando um em especial que, na minha visão, é fundamental para a saúde organizacional de qualquer companhia. Me refiro a aqueles que exercem a chamada liderança empática. Você já ouviu falar?

Tipos de liderança

Para iniciar este debate, elenco alguns dos principais perfis de liderança que vemos no mercado atualmente. Claro, cada pessoa possui suas características individuais, mas suas formas de gerir podem se encaixar em:

  • Líderes Autocráticos: são aquelas pessoas que concentram todo o poder da liderança em si, não consultando com frequência sua equipe ou dialogando poucas vezes com os colaboradores. Também são aqueles que abrem pouco espaço para opiniões e sugestões, exercendo um modelo de liderança que impõe controle sobre todas ou a maior parte das decisões de uma equipe. Como consequência, é comum vermos em empresas com líderes que carregam este perfil, equipes desmotivadas e com baixo índice de contribuição para a evolução dos negócios;
  • Líderes Democráticos: neste tipo de liderança, opiniões e feedbacks são sempre bem-vindos. A equipe tem oportunidades de falar, os colaboradores agem em conjunto com o líder, e os ambientes de trabalho, por consequência, costumam ser mais leves e plurais;
  • Líderes Liberais: os líderes liberais abrem espaço amplo para as decisões do grupo, agindo como uma espécie de facilitador de um processo de trabalho. Os líderes liberais são, por essência, mediadores de decisões prévias tomadas por todos do time, e entendem que a equipe está apta o suficiente para conduzir, com autonomia, os principais pontos de sua rotina.
 

O perfil das lideranças no Brasil

Para darmos continuidade com nossa análise, é interessante entender um pouco mais sobre os anseios e perfis das lideranças empresariais do Brasil.

De acordo com a 14ª Pesquisa de Líderes Empresariais Brasileiros realizada pela PwC, por exemplo, 65% dos executivos disseram que visam novas alianças, 59% procuram colaboradores que dominem o ambiente digital e 35% pretendem aumentar o número de funcionários dentro de um ano. A pesquisa também faz uma análise global, onde 54% dos líderes dizem que pretendem ampliar as forças de trabalho.

De acordo com a pesquisa, podemos perceber um desejo das lideranças em aumentar a capacidade de trabalho e a conquista de talentos para suas empresas. Para tanto, a condução dos times – que se comunica diretamente com o próprio perfil das lideranças – é fundamental para que a haja sucesso na manutenção de colaboradores dentro das companhias e, consequentemente, redução no nível de rotatividade de funcionários.

Além dos líderes citados anteriormente, temos algumas outras classificações mais recentes, como os próprios líderes empáticos, que vêm ganhando um espaço maior hoje em dia.

Mas o que é empatia?

Três sílabas e uma reflexão contínua. É dessa forma que a palavra “empatia” surge em nosso cotidiano. O termo designa um entendimento mais detalhado das emoções e sentimentos do outro, ou ao menos, uma tentativa de entender como que tal pessoa se sente.

Pode parecer uma atitude simples, mas a empatia move o mundo. Fatores psicológicos estão atrelados diretamente ao significado da palavra, uma vez que, para entender a mente do outro, deve-se conseguir atingir uma percepção mais humanizada de cada um.

Tentar se desprender de uma “bolha” emocional criada por si próprio e compreender outros pontos de vista possibilita uma visão de mundo mais ampla, gerando até mesmo uma identificação maior com os colaboradores de uma empresa.

A importância da empatia dentro do ambiente de trabalho

Ao entendermos o conceito de “empatia”, fica mais fácil aplicá-lo dentro do cotidiano das empresas.

Como vimos, líderes autocráticos são aqueles que, com o tempo, acabam criando um temor em sua equipe e fazem com que as pessoas os vejam como gestores inflexíveis. Em outras palavras: opressão não é a melhor resposta para gerir uma empresa.

Já, ao praticar a empatia, ao nos colocarmos no lugar do time, temos muito mais chances de manter nossas equipes motivadas. A empatia surge como um instrumento de melhoria constante dentro do dia a dia da empresa, possibilitando uma integração maior entre colaboradores, lideranças e cada membro formador de uma organização.

Já na década de 90, Daniel Goleman, jornalista científico com estudos no campo da psicologia, abordava a importância da inteligência emocional dentro do mundo corporativo. E a inteligência emocional, certamente, também envolve a compreensão das pessoas a nossa volta.

Além disso, Goleman também definiu a “tríade da empatia”, uma análise acerca do foco dos líderes que define três modelos de empatia: empatia cognitiva, empatia emocional e preocupação empática. Abaixo, faço um resumo da ideia central de cada uma delas:

  • “Empatia cognitiva”: Goleman definiu como uma forma de compreensão da perspectiva do outro indivíduo. Os líderes que praticam a empatia cognitiva conseguem entender o que seus colaboradores ou colegas de trabalho sentem, sem imergir diretamente nestes sentimentos;
  • “Empatia emocional”: compreensão do sentimento da outra pessoa. Aqui, o jornalista direcionou o termo a um sentimento mútuo, que é identificado tanto pelo líder quanto por sua equipe. Goleman pontua que este tipo de empatia é necessário para gerenciar clientes e interpretar dinâmica de grupos;
  • “Preocupação empática”: compreensão do que uma pessoa necessita da outra parte. Relacionada à empatia emocional, a preocupação empática é concebida quando um líder consegue sentir e identificar o que e quando a outra pessoa precisa dele. Neste caso, líderes da área da saúde seriam um perfeito exemplo, como médicos ou enfermeiros que precisam tomar decisões rápidas relacionadas a vida de um paciente.

Liderança e uma empresa de sucesso

Um bom líder tem para consigo um planejamento e estratégias de gestão que visam alavancar ainda mais os negócios da empresa. Quando este líder possui em si uma visão empática, o ato de se colocar no lugar do outro permite que os resultados desejados sejam alcançados mais rapidamente e com um envolvimento maior de sua equipe. Aliás, este é um dos pontos principais para obter-se uma corporação bem-sucedida.

Logo, não deixe de se reunir com o seu time, de conversar com os colaboradores, de ter um relacionamento saudável com a equipe que coordena. A tríade da empatia de Goleman mostra que, ao se colocar no lugar dos colaboradores de sua empresa, um ambiente de trabalho melhor pode ser conquistado.

Para tanto, é preciso estabelecer um planejamento, trabalhar o diálogo e praticar a empatia diariamente. Procure entender como cada membro de sua equipe se sente em relação aos objetivos do negócio e o que é preciso fazer para motivá-los a continuar desenvolvendo um bom trabalho.

Por fim, entenda que, para extrair o melhor de cada um, precisamos saber enxergá-los de modo humanizado, e não como uma peça de uma engrenagem sem emoções. Saiba olhar para fora!

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