Muito se tem falado sobre essa nova modalidade de transferências bancárias e o quanto irá melhorar o sistema bancário. Mas, você sabe o que é pix? Então confira esse conteúdo que preparamos.
As coisas estão mudando para melhorar o sistema bancário e o PIX, pagamento instantâneo brasileiro, desenvolvido pelo Banco Central, pode realizar transferências e pagamentos digitais sem tarifas, rápidos, e de maneira segura, a qualquer hora e em qualquer dia.
O objetivo do BC é muito mais do que simplesmente acelerar a velocidade das transações bancárias. A ideia por trás do novo sistema de pagamentos é impulsionar a competitividade e a eficiência do mercado, promovendo uma verdadeira revolução nos serviços bancários.
Com o lançamento da nova modalidade de pagamentos instantâneos, o Banco Central espera reduzir custos, aumentar a segurança e proporcionar uma nova experiência aos clientes do setor financeiro. Ao mesmo tempo, o lançamento da plataforma deve incentivar a digitalização do mercado de pagamentos de varejo e democratizar o acesso ao sistema bancário, promovendo a inclusão financeira.
Para isso, o PIX foi construído para ser o mais abrangente possível. Assim, ele é capaz de substituir qualquer tipo de meio de pagamento ou transferência hoje disponível no mercado, seja entre contas de instituições diferentes ou da mesma instituição. Boletos, DOC, TED, transferência simples etc., todos eles podem custar caro e levar dias para a compensação. Até mesmo o dinheiro vivo pode representar uma inconveniência e um risco para a segurança. E todos esses meios podem ser substituídos pela nova modalidade de transferência rápida do Banco Central.
Vamos esclarecer uma coisa: o PIX não é um novo tipo de aplicativo. Na verdade, ele é um sistema que se integra aos aplicativos de pagamentos ou sistemas digitais bancários. Como essa plataforma é aberta, o novo sistema de pagamentos brasileiro permite que bancos, cooperativas, fintechs, techfins, aplicativos de pagamento, entre outros, ofereçam transferências digitais and pagamentos on-line, conectando todas as instituições para realizar as transações eletrônicas.
Pouco mais de um mês antes do lançamento do serviço, quase 700 instituições já haviam se cadastrado junto ao BC para oferecer os serviços do PIX. Na prática, a plataforma oferece uma estrutura centralizada que permite que o cliente possa realizar o pagamento ou transferência de forma rápida e segura, mesmo que ele não saiba em que banco a outra pessoa possui uma conta.
Ou seja, com o novo modelo de transferências digitais, você não precisa mais pedir os dados bancários de alguém para fazer um DOC, por exemplo. Basta usar a Chave PIX.
. Chave PIX vai substituir os seus dados bancários (banco, número de agência e conta) para que você possa transferir ou receber transferências digitais. A Chave cadastrada pode ser o número do celular, o CPF/CNPJ, o e-mail ou um código aleatório. Depois, é só começar a usar o novo sistema de pagamento: basta passar a sua chave para quem vai efetuar o pagamento para você. Ou pedir a chave de da pessoa ou da empresa que vai receber.
Pessoas físicas podem cadastrar até cinco Chaves PIX por conta bancária. Para pessoas jurídicas, esse limite é de 20 Chaves. No entanto, é bom ficar de olho: cada Chave só pode estar atrelada a uma única conta.
E quem guarda essas Chaves? Todos os códigos PIX ficam guardados na plataforma do Banco Central, e os dados são protegidos por sigilo bancário, e, também, pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Bom, agora que você sabe tudo que precisa sobre as Chaves PIX, podemos nos concentrar nas vantagens da nova plataforma de pagamentos digitais.
A principal vantagem do PIX é a rapidez. Ao efetuar um pagamento ou uma transferência, o dinheiro entra na conta do beneficiado em tempo real. Você não precisa esperar dias pela compensação do depósito ou pela confirmação de pagamento de um boleto.
As transferências e pagamentos instantâneos pela nova plataforma estão disponíveis24 horas por dia, 7 dias por semana. Não importa se é de noite ou de dia, se é dia útil ou feriado, o PIX está disponível, sempre com a mesma velocidade.
O PIX representa uma redução significativa no custo das transferências bancárias. Em vez de pagar até R$ 20 em um TED, por exemplo, a transferência por meio do novo sistema é gratuita para pessoas físicas e para MEI. Para empresas, os custos podem variar de acordo com a instituição financeira, mas a tendência é de que a concorrência e o baixo custo do serviço reduzam consideravelmente as tarifas.
Mas, o PIX é seguro mesmo? Segundo o Banco Central do Brasil, o novo sistema possui os mesmos protocolos de segurança adotados no Sistema Financeiro Nacional, e que servem para outros meios de transferência e pagamento, como TED e DOC.
Além disso, as instituições financeiras oferecem camadas adicionais de segurança em suas aplicações, como senhas de acesso, reconhecimento facial, biometria. Logo, quanto maior a segurança da sua conta bancária, maior a segurança do seu PIX.
Não há limites mínimos para as transferências no PIX. Em tese, você pode transferir até mesmo R$ 0,01 por meio da plataforma de pagamentos digitais. As instituições, no entanto, podem estabelecer limites máximos para as transferências eletrônicas.
Nesse caso, são usados critérios de risco de fraude e de infrações contra a regulação de prevenção à lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo. Ainda assim, esse limite não pode ser inferior ao permitido para outros meios de pagamento, como DOC, TED ou transferências bancárias simples.
O PIX pode ser usado para transações entre pessoas físicas (P2P), entre pessoas físicas e jurídicas (P2B, Person-to-Business), o que inclui pagamentos no e-commerce. Também serve para pagamentos B2B, entre empresas e seus fornecedores, ou ainda para pagamentos de taxas e impostos.
Evidentemente, o novo sistema de pagamentos brasileiro terá um grande impacto para todos os setores da economia. Seja na indústria, no comércio ou nos serviços, a praticidade e o baixo custo das transações digitais via PIX se traduzem em uma série de benefícios que vão proporcionar muito mais competitividade para as empresas.
Dado que não será mais necessário esperar uma janela de horário para receber um pagamento. Ou aguardar um dia útil pela compensação de alguma transferência. E, além da redução das tarifas, os dados gerados na movimentação bancária via PIX são facilmente integrados aos sistemas de ERP e conciliação de pagamentos.
. nova modalidade de pagamentos funciona como se fosse dinheiro vivo entrando diretamente no caixa da sua empresa. Mas sem o risco de roubo, sem o risco de receber notas falsas e sem necessidade de guardar troco para atender o cliente.
E para o comércio eletrônico, a nova plataforma de pagamentos digitais dá mais agilidade a todo o processo, já que a rapidez na confirmação do pagamento permite disparar mais rapidamente o envio da mercadoria para o cliente, acelerando também a gestão de estoque e logística tanto no e-commerce B2C quanto no B2B.
O PIX também pode ser realizado por meio de QR Code para o recebimento de pagamentos. O lojista poderá usar a plataforma de pagamentos instantâneos para gerar os códigos, que poderão até mesmo conter informações para pagamento com data futura, o chamado PIX Cobrança, em que você poderá incluir, além do valor, os dados de multa, juros e descontos.
Quem oferecer essa alternativa aos meios de pagamento tradicionais vai proporcionar uma experiência de consumo muito mais confortável para os clientes. E a ferramenta digital pode ser adaptada aos mais diferentes tipos de negócio, para atender as necessidades específicas dos consumidores.
Você pode, por exemplo, gerar o QR Code via PIX, e deixar o código impresso em um local visível, ao alcance do cliente. Com isso, ele poderá ler o código pelo celular para pagar o produto. Também é possível gerar um QR Code diferente a cada compra, de acordo com os itens e a quantidade de produtos que o cliente escolhe.
Como você pode ver, o PIX promete ser uma revolução no mercado de pagamentos e transferências bancárias. Então, se você não quiser ficar de fora, procure a instituição onde você ou sua empresa possuem contas para saber se ela é participante da nova plataforma, para cadastrar as chaves. Lembre-se das regras: se você usar o CNPJ como Chave PIX em uma conta, você não poderá usá-lo em outra, já que você não pode associar a mesma chave a mais de uma conta.
Também é bom confirmar a política de uso dos QR Codes da instituição, para saber se ela é adequada a suas necessidades. E, claro, confirme com seu banco ou instituição financeira, se haverá tarifas e quais serão os valores cobrados para pessoa jurídica. Lembre-se que o PIX é gratuito para pessoas físicas, MEI e empreendedores individuais, mas pode haver tarifas no recebimento quando você usa o PIX para fins comerciais.
Fonte: Totvs